Olivença é Portugal

domingo, setembro 11, 2005

Os mapas do World Fact Book da CIA

Reparem bem para estas duas imagens.

As duas são do World Fact Book da CIA, a primeiro sendo de 2003, a segunda a actual, de 2005. Na primeira, verifica-se umas poucas de cidades espanholas no mapa :

Neste outro mapa aqui abaixo, verifica-se que Olivença foi acrescentada, assim como os rochedos espanhoís frente a Marrocos : Peñon de Vélez de la Gomera, Peñon de Alhucemas e Islas Chafarinas.
Estes dois mapas dão para reflectir. Em 2003, na ficha da Espanha e na de Portugal, constava-se que Olivença e seu termo estavam em disputa entre os dois países ibéricos (correspondendo ao primeiro mapa). Em 2005 e sob suposta pressão espanhola perante aos Estados Unidos, foi removida essa disputa e em contrapartida aparece Olivença como fazendo parte do território espanhol e, além disso, aparecem também os rochedos frente a Marrocos para bem marcar o território espanhol, que foi "ameaçado" pelos Marrocos recentemente ...

Tudo isto apenas para dizer que cidades como Badajoz, Burgos, Salamanca não estão presentes no mapa, enquanto que Olivença, uma cidade de dez mil e poucos habitantes está representada ...

Esquesito, não ?

quinta-feira, setembro 01, 2005

Governação optimizada permitiria a Portugal alcançar o nivél de vida da Finlândia

Vou mais uma vez publicar um artigo que têm apenas um laço ténue com Olivença, mas que dá para perceber porquê Portugal se encontra nesta situação em relação a Olivença :

Estudo do Banco Mundial mostra que países podem triplicar rendimento per capita. E diminuir mortalidade infantil. Corrupção prejudica famílias mais pobres com impostos injustos e cria a necessidade de «subornos» nos serviços públicos

«Dez mitos sobre a governação e corrupção» aponta o caminho para o desenvolvimento. E garante que a diminuição da corrupção poderia pôr Portugal na senda do desenvolvimento, ao mesmo nível da Finlândia.

Daniel Kaufmann, director dos Programas Globais do Instituto do Banco Mundial, apresenta esta tese num artigo publicado na revista trimestral do Fundo Monetário Internacional, «Finance and Development», também divulgada na internet.

O estudo do Banco Mundial estima que um país que melhore a sua governação e que parta de um baixo nível pode alcançar uma bom termo de desenvolvimento e triplicar o rendimento per capita da população. As melhorias, segundo Kaufman, vão mais longe e afectam ainda a redução da mortalidade infantil assim como a iliteracia.

Essa melhoria corresponderia a subida no nosso ranking em questões de «controlo e corrupção» na base de dados do Banco de Portugal, subindo Portugal ao nível da Filândia, Guiné Equatorial ao nível do Uganda que, por sua vez, alcançaria a Lituânia que, chegaria ao rendimento de Portugal.

O texto, intitulado «Dez mitos sobre governação e corrupção», aborda várias questões, nomeadamente o impacto da governação no desenvolvimento. No estudo, o responsável do Banco Mundial mostra que em geral os países podem extrair enormes dividendos do desenvolvimento e da melhoria da governação.

Segundo Kaufman, governação e corrupção não podem ser mensurados. Mas o Banco Mundial reuniu em base de dados indicadores de governação de mais de 200 países, constituidos por mais de 350 variáveis obtidos por dezenas de instituições por todo o mundo.

No caso de corrupção, em países em desenvolvimento, a corrupção acaba por resultar numa desproporção para as famílias com menores rendimentos: pagam mais impostos do que deveriam, e parte dos seus rendimentos são gastos em «subornos» para terem acesso aos serviços públicos. Numa estimativa, as transações mundiais são «manchadas» pela corrupção em perto de um trilião de dólares.

Publicado no PortugalDiário em 30 de agosto de 2005.