Amigos de Olivença reúnem-se com partidos
É um episódio da História, mas que o Grupo de Amigos de Olivença não quer que passe à história. Mais uma vez. Assim, o Grupo de Amigos de Olivença inicia na quarta-feira, numa audiência com o PCP, uma nova ronda de contactos com os grupos parlamentares sobre a falta de uma tomada de posição oficial do Estado português sobre aquele «território ocupado».
O objectivo é fazer cumprir uma resolução aprovada em 2004 pela Assembleia da República que indicava a ida do ministro dos Negócios Estrangeiros ao Parlamento para «afirmar inequivocamente a posição do Estado», referiu à Lusa, o presidente da associação, Gonçalo Feio.
«Como não houve seguimento prático, nenhum dos ministros dos Negócios Estrangeiros se deslocou ao hemiciclo para o fazer, efectuámos contactos para relembrar o compromisso assumido em plenário e perguntar como estão os trabalhos a este respeito», explicou o representante.
Olivença é uma espécie de terra de ninguém. Ninguém consegue mudar o estado das coisas. Desde 1938 que esta associação luta pela integração em Portugal daquela vila, com os olhos postos no Guadiana, entalada na fronteira entre Portugal e Espanha, com um braço a tocar Elvas (23 quilómetros de distância) e outro em Badajoz (dista 24 quilómetros).
O Grupo de Amigos de Olivença admite que o assunto é complexo e «suscita melindre». Critica Portugal, que acusa de ter «uma posição que se confunde com alguma delicadeza diplomática e alguma subserviência. Dois bons amigos devem discutir os assuntos cara a cara», acrescenta.
Nesta nova ronda, o PCP foi o único partido a responder à associação, mas Gonçalo Feio não se mostra derrotado nesta batalha. Referiu que, ao longo dos seis anos, não houve nenhum partido com assento parlamentar que não tivesse recebido o grupo pelo menos uma vez.
Fonte TVI24