Olivença é Portugal

quinta-feira, julho 21, 2005

Tese de Ana Paula Fitas acerca de Olivença

O trabalho de Ana Paula Fitas foi realizado no âmbito da especialidade da cultura portuguesa e intitula-se «Continuidade Cultural e Mudança Social - Um estudo etnológico comparado entre Juromenha e Olivença». Para o elaborar viveu dois anos na região, tendo utilizado o método antropológico participante, o que proporcionou um contacto muito directo e profundo com a população e com as instituições locais. Tal facto leva-a à formulação de nova censura a Portugal: «Não há nem nunca houve qualquer política de salvaguarda do património cultural e etnológico português, lesando-se assim a população oliventina na preservação da sua memória histórica e deixando-se que as marcas da sua singularidade regional, das quais tanto se orgulha, acabem por desaparecer».

Para esta especialista em Estudos Portugueses, o convívio com a população - composta por cerca de dez mil pessoas - permitiu-lhe perceber a forma de construção da sua actual identidade. «Ela é portuguesa, do ponto de vista histórico; oliventina (singular), na perspectiva cultural; e politicamente espanhola no contexto regional», esclarece, para acrescentar depois que «a tentativa de castelhanização das suas gentes e do seu modo de vida ainda não se impôs».

Até à instauração da democracia espanhola, os oliventinos foram perseguidos e discriminados socialmente, tendo pago a factura da sua origem portuguesa. Hoje, como os alentejanos, vivem essencialmente da agricultura. Há trinta anos eram tão pobres quanto os de Juromenha. Mas, com a criação das comunidades autónomas, acabaram por dar o salto em frente, muito devendo ao alcaide Ramón Rocha, que os integrou de pleno direito na região da Extremadura.

Na opinião de Ana Paula Fitas, as gentes de Olivença sempre resistiram à mudança social orientada segundo os paradigmas sociais, políticos e ideológicos do Estado espanhol, a partir do final da administração portuguesa. «Isto é particularmente evidente na continuidade cultural portuguesa que se manifesta em grande parte das suas representações sociais», elucida. Por isso avança com a afirmação de que Olivença é ainda hoje «uma realidade luso-espanhola».

Ana Paula Fitas conclui que, se «não houver uma intervenção cultural portuguesa no território, os oliventinos estão expostos à adesão a práticas e símbolos homogeneizantes que debilitarão as suas reservas de resistência cultural».

Seca cada vez mais acentuada

Portugal é este ano noticia, não só pelo os incêndios (infelizmente como já é costume), mas também porque Portugal continental vive uma seca muito grave. Embora esta situação seja muito preocupante, o ministro Nunes Correia autoriza o transvase do Tejo, a favor da Espanha, dizendo que isto faz parte dos acordos entre os dois países ...

(noticia no "Libération", diário francês)

(pormenor da imagem anterior)

Enquanto os nossos agricultores estam em pânico no que diz respeito o seu rendimento e a sua viabilidade futura, os agricultores espanhois vão continuar a invadir os mercados europeios com os seus produtos ... Onde está o erro ? Onde está a justiça ?

Saudações Oliventinas.

terça-feira, julho 19, 2005

A fronteira de Portugal e de Espanha não é o rio Guadiana em Olivença

INTRODUCCIÓN

SITUACIÓN DEL MUNICIPIO:

Olivenza es un municipio de la provincia de Badajoz. Se localiza entre los 38º41´12´´ de latitud y los 7º05´53´´ de longitud Oeste. Pertenece a la macrocomarca funcional de Badajoz. La distancia a la capital provincial es de 23 Km.

El clima que acontece en Olivenza responde al tipo mediterráneo subtropical, presentando unos registros medios anuales de temperatura y precipitaciones de 16,55ºC y 518 mm, respectivamente.
Desde el punto de vista hidrográfico, el río Guadiana es el principal colector, y actúa como línea divisoria entre España y Portugal

DATOS DEL MUNICIPIO:

Latitud:
38º41´12´´
Longitud:
7º05´53´´
Extensión Superficial:
47,9
Distancia a la Capital de la Provincia:
23 Km.
Número de Habitantes:
11.018 habitantes

Está aqui o que se encontra no site da Câmara Municipal de Olivença, o que está, devidamente errado, porque o rio Guadiana não é a fronteira entre Portugal e Espanha na zona de Olivença.

Está aqui o endereço do site.

Boa consulta.

Construcção de 30 vivendas em Olivença

Publicação no DOE (Diário Oficial de Extremadura) da autorização de construcção de 30 vivendas em Olivença, sem parecer português, claro ... Propostas abertas hoje mesmo.

Mais informações em http://agencia.juntaex.es/agex_licitaciones/licitaciones.asp#vivienda

Terão se calhar os portugueses de comprar terrenos (que são portugueses) a volta do concelho de Olivença, de maneira a regularizar o diferendo uma vez para sempre ?

segunda-feira, julho 11, 2005

Mapa de Portugal correcto e mapa do concelho histórico de Olivença

Está aqui o concelho histórico de Olivença :


E aqui o mapa de Portugal correcto :

Grave transgressão de liberdade de expressão num forúm espanhol

Sendo defensor da causa oliventina, publiquei algumas mensagens em forúm espanhoís, para dar a conhecer ao nosso povo vizinho a verdade acerca de Olivença. Qual não foi a minha surpresa quando dei a conta que as minhas mensagens tinhas sido simplesmente removidas ! Finalemente, a internet apesar de ser uma formidavél ferramenta de comunicação também o é de censura ...

Estão aqui os endereços desses tal sites (tenho que os listar, infelizmente) :

http://www.pueblos-espana.org/extremadura/badajoz/olivenza/La+Maya/
http://otrademocraciaesposible.net/foros/index.php

No primeiro publiquei já varias mensagens, mas foram logo removidas.

No segundo, de democrático, só têm apenas o titúlo ("Otra democracia es posible"), porque já escrevi varias mensagens tambéme e algumas foram também removidas. Persistem as minhas respostas num tópico acerca de Olivença (Olivença espanhola ou portuguesa ?), bem como as do Carlos Luna, um dos grandes defensores da causa oliventina.

Alguns espanhoís não gostam da verdade e infelizmente não se pode falar livremente como gente responsavél que somos.

A luta em prol de Olivença é uma luta verdades e de livre expressão também ...

Saudações Oliventinas.

sábado, julho 09, 2005

Todos juntos na luta pacífica

O governo nada fazendo para a retrocessão do concelho Olivença, é a nós, cidadãos, que nos cabe exigir que justiça seja feita, por uma Olivença portuguesa. Se acordar-mos faremos de Portugal um país mais justo, um Portugal de oportunidades reais, um Portugal competitivo e dinâmico no seio da União Europeia, um Portugal com futuro real.

Mesmo não sendo alentejano ou não ter antepassados de Olivença (pessoalmente sou trasmontano), todos os portugueses têm que estar unidos e não vender (nem abandonar) Portugal. Temos que desempenhar o nosso papél na União Europeia e por isso defender os nossos interesses.

Por isso, a internet sendo um meio moderno e rápido de comunicação, temos que dar a conhecer a situação de Olivença e do seu termo. Quantas mais páginas havera acerca de Olivença, mais pressão poderemos fazer no governo e mais gente estará informada. Desse modo, não deixem de visitar este blog irmão Olivença é Portuguesa

Boa consulta.

Saudações Oliventinas.

terça-feira, julho 05, 2005

Vou transformar o Portugal das fatalidades no Portugal das oportunidades

Há algumas semanas atrás, o senhor Primeiro Ministro Dr José Sócrates dizia : "Vou transformar o Portugal das fatalidades no Portugal das oportunidades".

Vamos aguardar até 2009 para ver se as coisas começam a mudar ...

Um ano depois da petição discutida no parlamento português

No 25 de junho de 2004, foi assinada uma petição por mais de 5000 cidadãos sobre a Questão de Olivença e foi a seguir discutida no Parlamento Português. A sublinhar o seu respeito pela Lei Internacional e em referência ao Direito internacional que ainda determina Olivença como território português, todos os Deputados da Assembleia da República expressaram a sua vontade que o governo desse resposta à Petição, analisando o diferendo para encontrar uma solução, sendo um factor de grande importancia para as relações futuras entre Portugal e Espanha.

Finalemente, pouco mais de um ano mais tarde e depois dos esforços levados a cabo pelo o Grupo de Amigos de Olivença (GAO), isto nada serviu, apenas os médias falaram do parecer dado pelo o parlamento.

O que faz, o que diz e o que não diz que faz (se faz alguma coisa) o governo acerca de Olivença e seu concelho ?

Exigir a retrocessão de Olivença não é ser nacionalista

Não é ser nacionalista que defender a retrocessão de Olivença a pátria, é ser justo. Com efeito, se nos conformar-mos com o tratado de Viena de 1815, podemos ler :

"AFFAIRES DU PORTUGAL

Restitution d'Olivenza
105. Les Puissances reconnaissant la justice des réclamations formées par S.A.R. le prince régent de Portugal et du Brésil, sur la ville d'Olivenza et les autres territoires cédés à l'Espagne par le traité de Badajoz de 1801, et envisageant la restitution de ces objets, comme une des mesures propres à assurer entre les deux royaumes de la péninsule, cette bonne harmonie complète et stable dont la conservation dans toutes les parties de l'Europe a été le but constant de leurs arrangements, s'engagent formellement à employer dans les voies de conciliation leurs efforts les plus efficaces, afin que la rétrocession desdits territoires en faveur du Portugal soit effectuée ; et les puissances reconnaissent, autant qu'il dépend de chacune d'elle, que cet arrangement doit avoir lieu au plus tôt."

Em português :

«As Potências reconhecendo a justiça das reclamações formadas por Sua Alteza Real o Príncipe Regente de Portugal e do Brasil sobre a Vila de Olivença e os outros territórios cedidos à Espanha pelo Tratado de Badajoz de 1801, e considerando a restituição destes objectos como uma das medidas próprias para assegurar entre os dois Reinos da Península aquela boa harmonia completa e permanente cuja conservação em todas as partes da Europa tem sido o fim constante de seus arranjamentos, obrigam-se formalmente a empregar, por meios de conciliação, os seus esforços mais eficazes, afim de que se efectue a retrocessão dos ditos ter­ritórios em favor de Portugal. E as Potências reconhecem, em tanto quanto de cada uma delas depende, queeste arranjamento deve ter lugar o mais brevemente».

Ou seja, pela Acta Final do Congresso de Viena, através do seu artigo 105.º, são reconhecidos os direitos portugueses ao Território de Olivença.

A Espanha assina o Tratado de Viena em 1817, «reconhecendo a justiça das reclamações formuladas por Sua Alteza Real, o Príncipe Regente de Portugal e do Brasil, sobre a vila de Olivença e os outros territórios cedidos à Espanha pelo Tratado de Badajoz de 1801» e comprometendo-se a efectuar «os seus mais eficazes esforços a fim de que se efectue a retrocessão dos ditos territórios a favor de Portugal» o que deveria « ter lugar o mais brevemente possível ».

Estamos em 2005 e ainda nada foi feito pelo o governo de Madrid (e o de Lisboa nada fez para pressionar a Espanha a cumprir a parte do tratado que a incumbe. Que credibilidade podemos dar as boas intenções espanholas ?